Seleção Brasileira




Na esteira preparatória para o início da Copa das Confederações, a Seleção Brasileira efetuou 4 amistosos no mês de novembro. A tônica comum entre eles foi a consagração de um sistema de ataque, utilizando-se dois jogadores abertos pelas pontas e um atacante centralizado. Esta tática foi importada do dirigente Haralds Freimanis, que é treinador da seleção da Letônia; país que surpreendeu o Brasil ao vencer um jogo amistoso no dia 28 de Outubro pelo placar de 1x0. Desde este fatídico jogo a Seleção Brasileira vem se utilizando de atacantes pelas pontas com variações no sistema defensivo. A grande vantagem tática deste tipo de formação é as constantes inversões realizadas pelos pontas, o que possibilita um maior controle de posse de bola e se torna um sistema ofensivo especialmente letal para equipes que se utilizam de 3 zagueiros agrupados no centro da área. O problema observado nesta formação de ataque é que, apesar do domínio e a maior volume de oportunidades, o desperdício de gols é gigantesco. Prova disso são os placares magros de gols que a Seleção apresentou, mesmo diante de adversários de nível técnico inferior.





Esta foi a primeira partida que a seleção testou o sistema de pontas. Entrou um campo com uma formação 3-4-3 com zagueiros bem adiantados. Apesar de mostrar superioridade em campo, tendo um maior volume de jogo e maiores oportunidades, a Seleção conseguiu a vitória somente aos 93 minutos através de um lançamento direto do zagueiro Raphael Proença para os pés do atacante Davi Cabral, que mesmo cercado de jogadores oponentes avançou livre sem receber combate e desferiu um chute forte, decretando a vitória do Brasil.





No grande clássico contra nossos rivais argentinos, o Brasil repetiu o mesmo esquema tático do jogo anterior, porém estava enfrentando uma equipe que entrou em campo com formação de 4 zagueiros. A partida foi equilibradíssima e o grande destaque ficou por conta de um sistema defensivo impecável que anulou na origem quase todos os lances de ataque dos "hermanos". Diante de um adversário mais qualificado e com sistema defensivo contando com 4 jogadores, a Seleção Brasileira teve dificuldades em finalizar suas jogadas de ataque. O gol da vitória só foi possível, através de um lance em que o meia Wagner Lira lançou livre o também meio-campo David Alcântara, que desferiu um chute certeiro nas redes adversárias aos 25 minutos da primeira etapa.





Não é possível fazer muitas análises técnicas sobre esta partida. Além de ser uma Seleção de baixa qualidade, entrou em campo com um esquema tático merecedor de um simpático apelido “por favor, me goleie”. Teve suas preces atendidas.





Foi um bom teste para a Seleção. A Estônia tem uma equipe que apesar de não ser de 1º nível é bem qualificada. Entrou em campo com uma formação de ataque igualmente utilizando pontas, mas pecou ao utilizar um sistema de 3 zagueiros contra uma Seleção que vinha dando todos os indícios de que utilizaria o mesmo esquema tático. O Brasil teve amplo domínio da partida e o dobro de oportunidades, mas isso não garantiu uma partida tranqüila. O gol da vitória só veio aos 74 minutos, através dos pés de Davi Cabral. Esse jogo foi especialmente válido para testar a estréia dos novos convocados Roger Urbano, Giovanni Donato e Ulisses Duarte; este último que ainda entrou no decorrer da partida.

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