Existe vida além do MZ

Fala, "managerzonianos"!

Depois de duas viagens seguidas para o Rio de Janeiro, nesta semana viajei para mais perto de onde moro e aproveitei para visitar meus parentes em Colombo, região metropolitana de Curitiba. Como minha esposa também tem familiar em Colombo, ela me ameaçou decidi levá-la pra passear com as crianças.

Saí na sexta-feira cedo, pra aproveitar bem o tempo que ficaria com minha família até o dia da entrevista. Viajei 400km até a casa da minha mãe. Como saímos bem cedo, deu tempo de chegar para o almoço. Fazia um tempinho que não comia o temperinho da mãe, hein. Dormimos na casa da minha irmã, no sábado seguinte levei a esposa para visitar os familiares dela, visitamos nossos amigos e só fomos na casa do entrevistado no domingo pela manhã.

Caminho até Colombo, onde morei por mais de 20 anos

Rota até a casa de Marco May


O entrevistado dessa semana, Marco Alan May, de 37 anos, dirigente do Floresta Negra F.C., div2.6, nos recebeu em seu apartamento no bairro Água Verde, zona nobre de Curitiba (mas ele mora na zona menos nobre, rsrs), com sua namorada Caroline e sua cachorrinha Maya. Torcedor do Bayern de Munique (pois morou na Alemanha uns anos) e Corinthians: "mas não sou fanático, gosto de futebol.", disse ele.





Trabalha com o quê? Como escolheu essa profissão?
Minha atuação é no desenvolvimento de Distribuidores na América Latina, também já trabalhei com EUA, Europa e Ásia, mas no momento só Latam* (*América Latina). Também trabalho com desenvolvimento de novos mercados e introdução de novos produtos em mercados. Atualmente no ramo odontológico (Straumann Group), mas já passei pelo ramo médico-hospitalar e energético também.
Bem, a facilidade no idioma alemão e inglês, sempre abriram portas mais neste lado internacional, onde trabalhei em empresas alemãs, austríacas, brasileiras e, agora, suíça. Aprendi o espanhol trabalhando e meio que fui direcionado para este segmento de distribuidores na Latam.

O que você normalmente gosta de fazer quando está com tempo livre? Além do MZ.
Além de obviamente assistir séries no Netflix e Amazon, gosto de ler, normalmente épicos ou clássicos, mas me aventuro em outras literaturas. Atualmente voltei a escrever contos também que estão publicados no Sweek e Wattpad. Tenho um projeto para escrever um livro no futuro.
Também gosto de ir passear no interior, a família da minha namorada tem fazenda em Rio dos Cedros (SC), e gostamos de ir lá (nesta quarentena claro que não). Vamos a feiras, alguns eventos culturais como museus, exposições, etc...


Marco e Namorada em evento de Jazz


Conte-nos um pouco sobre esses contos que estão no Sweek e Wattpad e sobre o projeto de livro que você está desenvolvendo.
Então, um é contos policiais que acontecem dentro de uma cidade americana nos anos 30-40. A ideia é fazer diversos contos que podemos ter cunho estritamente criminal e outros com suspense. Algumas histórias são totalmente desconexas e algumas se entrelaçam a outras.
Referente ao livro, ainda estou na fase de pesquisas, e para isto comprei alguns livros. A história se trata de anjos que vem à Terra como pessoas normais e tem missões de combater demônios que possuem pessoas. A história será centrada no Arcanjo Gabriel, mas ainda está muito crua a estruturação.

Links dos contos:
10 Contos de Uma Cidade de Crimes
Ária das Almas: Um conto de Suspense e Romance

Fiquei interessado em saber que tipo de exposições você costuma ir. Tem um gosto específico ou você visita aleatoriamente?
Aleatoriamente, mas curto museus históricos, como o Paranaense, o Solário (arte), e ainda preciso ir no Egípcio. Porém curto também coisas de arte, como no MON.

Qual estilo de música, comida e bebida favorita?
Sou um pouco eclético, porém posso definir quanto a música nesta sequência: Rock, Jazz, Pop, MPB, Clássica. Banda predileta U2, Simple Red, Phil Collins. Comida são frutos do mar normalmente, Camarão na moranga. Embora não coma muito já que minha namorada não é fã. Gosto também de uma boa carne e comida vegetariana. Na cozinha também sou eclético, mais que na musica rsrs. Bebida favorita são os vinhos, especialmente Cabernet Sauvignon e italianos como Barolo e Chianti. Gosto de alguns drinks com Gin e, às vezes, Whisky e Bourbon.

Com vinho Barolo, na Vinícola D'Alture em São Joaquim


Quais os maiores desafios da sua vida no momento?
Primeiro passar ileso dessa quarentena, ileso de saúde física e mental. Depois fazer dar certo os projetos profissionais, já que estou na empresa menos de 1 ano e preciso mostrar resultados para almejar promoção. Depois também voltar a emagrecer e permanecer nos meus 80 Kg voltando a frequência de atividades físicas.

Como foram seus primeiros passos no MZ?
Então, comecei lá pelos 2005 ou 2006 quando morava em Rio do Sul (SC) com a equipe Atlético Alto Vale. Naquela época era mais raíz, mas acho que não fiquei mais que um ano. Depois voltei a entrar no MZ quando morava na Inglaterra com a equipe Golden Lions FC, e lá entrei na Federação Catarinense. Porém nesta minha segunda passagem fiquei menos que 1 ano. Agora entrei final de 2018 e estou me mantendo.

Já se passou mais de um ano com essa conta, pensa em desistir de novo?
Por enquanto não, nem que seja para levar em banho maria para juntar dinheiro.

Quais são seus planos para o Floresta Negra?
Bem, estou atualmente tendo problemas financeiros, portanto resolvi levar esta T74 do jeito que dá e juntar um dinheiro. Tenho 2 bons juvenis de 19 anos que podem render um bom dinheiro, e mais 2 apostas de 20 anos para complementar. A ideia é não contratar ninguém para Senior nesta e próxima temporada. Talvez somente estenda a aposentadoria do Agostinho Teixeira e preencha o time com 2 leais que podem dar bons pontas no futuro. Com certeza a qualidade da equipe cairá, mas é necessário dar um ou dois passos para trás para poder avançar. Ideia é passar T75 também em “banho maria” para juntar dinheiro e investir no final da temporada. Únicas possíveis compras seriam para investimento.

O que você faria se o MZ deixasse de existir?
Me mataria kkkk brincadeira. Seria muito triste, mas pelo lado das amizades e diversão que você tem, não tanto pelo jogo, que há outros por aí. Mas o senso de colaboração é sem igual entre outros jogos.

E suas amizades no jogo? Levou alguma pra vida, fora do jogo?
Pessoalmente de se ver com frequência, não. Mas claro que já conheci vários pessoalmente com quem me dei muito bem. Como o Fábio do Metropolitano, Leandro do Heidemann FC, Alisson do Juventus, Saimon do Albatroz, etc… fora que me dou bem com alguns também virtualmente, como Geo (autor desta coluna), Otto, Romando, Anderson da FTMZ, Liomar, etc...

O MZ deixou algum aprendizado que você considera importante no dia a dia, no trabalho, etc?
Bem, organização e comunicação fluida. Diria que para ter uma federação e equipe competitiva, tem de ser organizado. É preciso também uma boa comunicação para deixar as coisas mais leves e sempre na “cabeça” dos dirigentes.

Joga mais alguma coisa? O MZ tem sido mais hobby ou stress?
No momento não jogo mais nada. Então, uma mistura rsrsrs as vezes me estressa muito, por diversos fatores. Mas uma falta de coerência em alguns resultados é o que mais me tira do normal. Acho que gosto das coisas certinhas e previsíveis talvez. Aqui existe isto até certo grau, mas não dá de se perder por causa de resultados anormais.

Provavelmente você percebe a aleatoriedade do jogo como eu, me conte como se sente quando vê tanta aleatoriedade nos últimos tempos dentro do jogo.
Bem, imagino que ela aconteça para todos, então de certa forma ainda passa justiça. Mas há campeonatos em que estou super bem, e de repente começam estas aleatoriedades, que são o suficiente para fazer perder o título. Nestas horas desanima muito. Mas enfim, muita gente ganha campeonatos, então alguma maneira existe para contornar este problema. Achar a maneira.

Qual foi o momento mais feliz de sua vida? E dentro do MZ?
Bah, momento mais feliz eu não consigo determinar, tive vários momentos felizes, em menor grau. Ainda não tive filhos, acredito que este será o momento mais feliz.
Dentro do MZ, acredito que a reativação da FSSMZ que acho que está dando certo e o encontro que tivemos da FSCMZ.

Sobre o encontro da FSCMZ, como aconteceu? Do que você mais gostou nesta parte de encontros? Já pensou em participar do encontrão que seria realizado em São Paulo, mas que foi cancelado pelo motivo do covid-19?
Bem, o pessoal estava planejando há tempos, porém demos uma boa incentivada juntamente com o Everton do BEC, que inclusive ofereceu a casa dele. Marcamos a data e o pessoal apareceu de diversas cidades do estado. Acho que o mais longe foi o Leandro Heidemann de Braço do Norte. O bacana disso que você dá caras aos nomes, e traz mais união ao grupo.
Bem, quem sabe participe de algum futuramente, mas seria ou em PR ou em SC.

Encontro com a FSCMZ


O que você mudaria no jogo? O que jamais mudaria? Por quê?
Mudaria as ferramentas das Federações. É muito arcaico ainda poder gerenciar recados, convites, etc. Deveria ter maneira de baixar em planilha excel o quadro de membros com id, usuário, nome de time, tudo dividido. Depois seria legal ter uma aba dos campeões das competições. Outra coisa chata é o modelo de convites da CA, deveria ser igual a LA. Mais modelos de camisas para diversão do pessoal. De resto, existem algumas falhas, mas nada demais ainda.
Acho que, por enquanto, não mudaria o raio (estrelas), acho que isso ajuda muitíssimo você se concentrar em jogadores bons para formar. Economiza muito tempo e dinheiro aos dirigentes.

Há algum jogador do MZ no seu time que você gostaria de transformar em jogador real pra ser titular no Bayern de Munique ou Corinthians? Qual seria? E por quê?
Confesso que nunca pensei muito nisso, mas acredito que o Agostinho Teixeira seria uma boa para o Corinthians, que carece de gente que entra e resolve.



Hoje você é reconhecido pelo seu trabalho à frente das Federações do Paraná e da Federação Sul e Sudeste, muitos fogem do trabalho que é ser um presidente de federação, ainda mais as grandes, me explica aí: um dia levantou e falou vou levantar esse jogo e fazer dele melhor... O que lhe motivou a fazer tudo isso e da onde tira energia para isso?
Obrigado pelo reconhecimento. Então, acho que isto carrego um pouco dentro de mim. Pois já criei Centro Acadêmico de Administração na Universidade, já fui tesoureiro de DCE, já criei Instituto Ambiental, então acredito que esta “diversão” por criar e administrar coisas assim estão dentro de mim.
No MZ, eu tentei fazer algo pela FSCMZ, porém temos o Adriano da equipe Aesir que sempre fez um excelente trabalho e não existia motivo para trocar. Infelizmente algumas pessoas (como em muitos lugares) acabam criticando estas tentativas de trazer algo novo para incentivar, e acabei desanimando. Quando mudei para Curitiba, vi na FPRMZ uma chance de realizar isso e demonstrar que é possível. Infelizmente não temos a quantidade de membros ativos que desejaríamos, mas estamos na 3ª temporada agora com 2 divisões e uma Copa Regular. Porém sempre pensei em repassar a FPRMZ, já que acredito na alternância em algo que mantém a atividade. Então mirei a FSSMZ como possibilidade de uma federação com mais adeptos e uma alternativa para as Federações estaduais que não tem tanta atividade assim. A minha intenção primária seria inclusive formar um conselho destas federações para tentar levantar atividade nelas também. Mas isto precisa de mais tempo e atividade nelas. Espero que a FSSMZ possa se tornar umas das maiores com competições interessantes para Sênior e Sub. Estamos trabalhando para isto.

Vejo que você tem vasta experiência na vida pessoal como administrador de organizações. Nunca pensou em criar sua própria federação ou quem sabe reativar a federação paulista, que antigamente foi a maior federação do MZ?
Bem, atualmente administro a FSSMZ e a FS60+, tendo a FSSMZ como principal e que quero fazer crescer mais ainda. A paulista já está com 2 pessoas e dividida, temos a FPMZ e a FESP, então não acredito que precisem de mim. O que tentei era incentivar algumas pessoas a juntarem pessoal de CO, NE e N do Brasil, mas parece que não deu certo. Pensei até em eu mesmo fazer, mas eu não sou da região, então não acharia coerente. Porém estou a disposição para ajudar, sempre.

JÁ OU JAMAIS

Já experimentou o vinho CHATEAU HAUT-BRION (TINTO), considerado um dos melhores vinhos do mundo?
Não, acho que o mais caro que experimentei são os Zapatas, que comprava na Argentina por ¼ do preço no Brasil. Experimentei também um Chateau-du-Pape num curso da WSET que disseram custar próximo dos R$ 300,00.

Já almoçou no Batel Grill ou no Madalosso em Curitiba?
Ainda não, Madalosso quero conhecer ainda. Mas existem tão bons e melhores restaurantes mais discretos em Curitiba.

Já foi na Vibe, balada de Curitiba?
Não, fui em balada aqui quando tinha meus 19 anos, mas não lembro muito os nomes. Sei que fui no Jockey, Sheevas, alguns Snooker Bars, Konig (não lembro como escreve).

Já pensou em vender todo o time depois de péssimos resultados consecutivos?
Me passou pela cabeça começar do zero, vendendo todos os sénior e montando time Sub21 como forma de investimento. Mas o resultado seria a muito longo prazo, mais de 2 anos. Acredito que poderia desanimar neste sentido.

A namorada já pegou no pé quando você passa tempo demais no MZ?
Sim, várias vezes. Não tem como evitar.

Já tirou foto no Jardim Botânico e tirou foto do lado de algum animal no zoológico de Curitiba?
No Jardim fui várias vezes e tirei fotos antigamente. Recentemente só fui uma vez e não tirei foto. No Zoológico preciso revisitar, mas não tenho foto lá não.

Já passou pelo viaduto estaiado?
Por baixo só, várias vezes. Tenho de ver que rua pega para passar por cima rsrsr.

Já tentou imitar Hitler enquanto falava alemão?
Já, inclusive com bigodinho. Mas, só em modo de humor, porque senão é brabo.


Considerações Finais

Quero agradecer pela oportunidade de participar desta coluna, que tem sido uma das que mais chamou minha atenção ultimamente. Infelizmente encontros não saem como antigamente, mas acho que esta coluna pode trazer mais "humanização" e amizades entre os dirigentes. Principalmente quando percebemos que há gostos em comum.
Na verdade, a TZ como um todo tem melhorado, e fico contente com isto. Quero aqui também reforçar o trabalho que está sendo feito na FSSMZ juntamente com o @facopo e @giacomin tentando tornar ela cada vez mais interessante nas competições, seja no Sênior como no Sub. Caso você seja do Sul ou Sudeste do Brasil, entre lá!
Abraço a todos!



Terminamos a entrevista e fomos almoçar. Comemos um mignon com Risoto de Limão siciliano e macarronada, acompanhado por um Malbec Angelica Zapata 2015, pra ele e sua namorada, e soda italiana pra mim, esposa e as crianças. Rapaz... nunca tínhamos experimentado uma comida tão chique, rsrs. Jogamos conversa fora depois do almoço, mas logo tivemos que ir. Agradecemos ao Marco pela entrevista e de ter conhecido um pouco sobre sua vida além do MZ. Voltamos para Colombo, ficamos com nossos familiares e retornamos para Rio Bonito do Iguaçu na segunda-feira, eu já pensando no próximo entrevistado para o início da série especial até a edição 600 da The Zone.

Até a próxima, galera!

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