Existe vida além do MZ

Nesta semana fui até a casa do "humorista" do MZ, William de Oliveira, 49 anos, casado, vulgo usuário "willliam" (sim, com um monte de L, pois mais uma conta foi suspensa, kkk), dirigente do MINEIROS, cruzeirense da segunda divisão.



Foram quase 18 horas até Belo Horizonte, mais de 1300km de viagem. Tive que sair na sexta-feira logo depois do almoço, pra fazer uma parada em um hotel barato em São Paulo e continuar a viagem no dia seguinte, pela manhã. Cheguei em Belo Horizonte à tarde e fui muito bem recebido pelo William, sua esposa e seus dois filhos. Conversamos um pouco, enquanto conhecia sua casa e sua família e mais à noite, fomos para o Wäls Gastropub, Savassi, jantar uns aperitivos e lanches caros, por conta da TZ. Após o passeio, o próprio William preparou o quarto de hóspedes, como ele disse, para minha "presença gloriosa" kkkk.




Pela manhã, fizemos o desjejum e iniciamos nossa entrevista.

Trabalha com o quê? Como escolheu essa profissão?
Trabalho com projetos para as indústrias e sindicatos empresariais na FIEMG. Não escolhi a profissão, foi um acidente de percurso....rsrsrsrs. Me formei em Direito, mas não exerci a profissão. Acabei trabalhando com estatutos sindicais e depois com qualificação empresarial na FIEMG.

Por que não seguiu a carreira como advogado após se formar em direito?
Como eu era casado e com 2 filhos na época, não dava para iniciar em um escritório de advocacia, pois o salário de um advogado que está iniciando é muito baixo. Em razão da família, optei por manter o emprego que proporciona um ganho melhor. Se tivesse começado os estudos mais cedo, eu poderia ter investido na carreira. Vida que segue...

Como funciona esses projetos? Que tipo de projetos você desenvolve?
Os projetos que desenvolvo junto com uma equipe são para desenvolver a indústria, através dos sindicatos empresariais, afim de gerar valor para estes.
Levamos cursos e ferramentas de gestão, além de ajudar na criação das elaborações de propostas de editais que tenham verba para o desenvolvimento da indústria. A indústria sendo desenvolvida, todas as outras cadeias produtivas acompanham. Isso tem um resultado final que é geração de empregos e melhoria dos produtos brasileiros.

O que você normalmente gosta de fazer quando está com tempo livre? Além do MZ.
Gosto de brincar com imagens no PC e mandar para os amigos as zoeiras que crio. Além disto, claro, estar com a família, principalmente quando a gente escolhe um filme juntos e assistir com pipoca. Somos cinéfilos.

Qual estilo de música, comida e bebida favorita?
Gosto muito de rock anos 70, principalmente Pink Floyd. Não tenho uma comida destas tradicionais preferida, mas se for para citar alguma, gosto de porções de carnes com uma cerveja acompanhando.

Quais os maiores desafios da sua vida no momento?
Na atual conjuntura, neste período de pandemia, o desafio é mostrar valor no trabalho para manter o emprego. Mas o maior desafio hoje de vida é ver meus filhos formados e seguirem uma carreira que eles tenham escolhido.

Qual foi o momento mais feliz de sua vida? E dentro do MZ?
Cara, com certeza o nascimentos dos filhos. Sem palavras para descrever.
No MZ foi quando tive a oportunidade de ser redator e fazer as imagens que gostava na TZ. Agradeço publicamente aqui os que me deram a oportunidade, scharf, n1gh7 e rod11, e lamento não ter aproveitado.

O MZ deixou algum aprendizado que você considera importante no dia a dia, no trabalho, etc?
Sim, com certeza!! Amadureci com o jogo. Quando fiz minhas coisas erradas, não valorizei amigos de me deram uma chance no suporte, por exemplo. Isso é algo que carrego até hoje. Aprendi que mesmo em uma “brincadeira/jogo” é importante seguir as regras e respeitar os amigos que confiam em você.

E suas amizades no jogo? Levou alguma pra vida, fora do jogo?
Fiz muitos amigos, mas infelizmente não deu para levar para o plano presencial. Todas em razão do mesmo motivo. A distancia...

Como foram seus primeiros passos no MZ?
Comecei na season 39. Foram conturbados, pois eu criava times e abandonava ou fazia coisas erradas e fui justamente punido na época. Encontrei o MZ por acaso e não levava a sério. Depois de um tempo é que comecei a gostar do jogo, pelas amizades que fiz.

Quantos times já criou? Lembra a quantidade?
Confesso que não lembro, mas teve uma vez que passei um relação para o suporte com pelo menos uns 15.

O que você mudaria no jogo? O que jamais mudaria?
Algumas coisas precisam melhorar no jogo. O simulador, o 3D e os uniformes. Estes são o sonho de quase toda a comunidade. Outra coisa que mudaria seria a maneira de interagir nos fóruns. Lá se aprende muito, principalmente quem está chegando. Mas a comunidade migrou para o WhatsApp por várias razões. E isso esvaziou um pouco o contato entre jogadores.
Fora o mencionado acima acho que não mudaria nada.

Quando e como começou sua tragetória na TZ?
Eu já comecei nos fóruns postando piadas e imagens e um grande amigo, Mazer, me indicou para a galera da TZ. O Mazer foi um cara incrível e que me deu o empurrão para iniciar na TZ.



Fale-me sobre sua amizade virtual com o Mazer.
O Marcos Mazer era um paizão. Ele é que puxou a minha orelha e deu conselho. Me fez entender que o MZ não era só um joguinho de PC. Me mostrou os amigos que havia criado, o nome que deveria zelar. Ele me indicou para a TZ Brasil e fez campanha para eu ser aceito. Bancava não só a minha participação em Ligas amigáveis, mas também de vários outros jogadores que não dispunham de PTs.

O período em que você estava na TZ foi considerado com bom humor. Conte-me sobre isso.
Este é o meu jeito de ser. Brinco com todos e sempre vejo algo engraçado, mesmo onde teoricamente não existe. Gosto de postar imagens ou gif em comentários que “falem” por mim, sem precisar usar palavras escritas.

Qual ou quais as seções que você mais curtiu nas antigas e qual gosta atualmente?
Tinha a minha coluna....kkkkkkkkkkk
Brincadeira. Sempre gostei do rapidinhas, a coluna de táticas. Tinha uma que eu ajudei a fazer em parceria com o Rogerio (n1gh7) e o Mateu (choveunahorta) que era o Davi versus Golias. Nesta coluna colocávamos um time grande contra um time pequeno para fazer amistosos. O time pequeno era assessorado pelos 2 grandes estrategistas acima e eu ficava por ilustrar o combate.

Pensa em voltar para a escrever para a TZ novamente?
É um sonho, mas devido aos erros do passado, acho que minha volta é improvável. A Crew é bem criteriosa.

O que fez com que voltasse para o jogo?
Sempre foi o contato com os amigos.

Qual a principal mudança que você sentiu na volta ao jogo depois de tanto tempo afastado?
Hoje em tese é mais fácil de jogar. Se você tem o clubmember você consegue muitas facilidades para manter a equipe. Hoje é quase que impossível falir o time.

Se sente mais maduro nessa volta ao MZ?
Cara, depois de tudo que passei e passo. Críticas de toda ordem (algumas justas) e de grandes pessoas que decepcionei, com certeza aprendi uma lição de vida. Hoje jogo mais tranquilo, sem as pretensões que eu tinha no passado. Só não foquei ainda em ter um time competitivo, pois estou no jogo pelas amizades. É muito legal a interação com as pessoas, inclusive de outros países.

Um dia você pretende jogar MZ a sério?
Estou trabalhando nisso. Se conseguir atingir minha meta este ano em subir para o CBzinho U18, volto com gás total.

Como se sentiu quando o Cruzeiro foi rebaixado para a segunda divisão?
Já tem uns anos que não acompanho futebol. Para mim não me incomodou em nada, a galera do trabalho é que conta piadas e eu entro na brincadeira.




JÁ OU JAMAIS

Já se considerou o comediante do MZ?
Jamais, pois tinham outros melhores neste cargo...

Já fez transferências amigáveis entre times na mesma rede?
Já e este foi o motivo da minha suspensão na época.

Já ficou indignado com o MZ?
Já. A pena no MZ é perpétua...

Já teve saudade dos tempos de TZ?
Já, com certeza, foi a minha melhor época de MZ.

Já pensou em participar dos encontros organizado pelo Mazer?
Já e sempre participei.

Considerações Finais

Jogue duro, mas jogue limpo. Divirta-se. Faça amigos, pois estas são as suas verdadeiras conquistas.



Terminamos nossa entrevista e conversamos sobre sua época na TZ, época que eu nem acompanhava a revista, enquanto tomava cerveja artesanal (a minha, claro, sem álcool). Ele foi me contando sobre a coluna, os redatores e mais histórias de bastidores, me contou sobre os milhões de times que ele criava e abandonava, foi divertida a conversa, William é um cara muito bem humorado. Djanira, sua esposa, nos convidou para almoçar um delicioso e pesado caldo de mocotó. Após o almoço, parti para Rio Bonito, a viagem seria longa.

Agradeço ao William por ter me recebido em sua casa e conhecer como era a sua vida além do MZ.

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